Martinho Raasch Júnior nasceu em 06/11/1970, em Itapina, distrito de Colatina, ES. Filho de pequenos agricultores, somente em 1982, aos onze anos, pôde iniciar os estudos, em Duque de Caxias, RJ, cidade para a qual se transferiu após a separação de seus pais no ano anterior. A sua aprendizagem foi rápida, e o gosto pela leitura surgiu com a descoberta das revistas em quadrinhos, que era uma febre naquele momento. A facilidade para escrever as redações escolares deixava sinais de que aquele menino poderia no porvir se tornar um escritor.
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| Cidade de Duque de Caxias, RJ nos anos 80 |
Retornando a Colatina, em 1983, prosseguiu com os estudos, mas os abandonou três anos depois. Em 1995, abraçou firmemente o desafio de regressar aos estudos numa 5ª série aos 24 anos de idade, na escola Maria Ortiz, em Itapina. A iniciativa, graças ao apoio de seus professores, foi bem sucedida, tanto que, em 1998, ele já estreava na faculdade, no curso de Letras, e também começava a lecionar, ofício que exerceria até 2003.
O Casarão (contos) marcou a introdução de sua trajetória literária em 2003. Pouco produziu nos anos seguintes, no entanto, em 15/07/2009, abraçaria mais um desafio: escrever todos os dias, nem que fosse apenas uma linha. O projeto floresceu e permanece vivo até hoje, rendendo a publicação de mais dois livros e três em andamento, além de um já escrito, aguardando edição.
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| ACLA em Julho de 2000 ( foto: Colúmbia News) |
Foi um dos membros fundadores da ACLA – Academia Colatinense de Letras e Artes –, movimento artístico surgido em 1999, reunindo vinte integrantes da cultura local.
A sua inspiração provém de escritores que abordam o lado obscuro da vida, o misterioso, o imprevisível, a grotesca irracionalidade do ser humano diante do oportunismo. Símbolos dessa corrente, destacam-se Edgar Alan Poe e Pedro José Nunes (membro da Academia Espírito-Santense de Letras), sendo que este último foi o que mais lhe influenciou, por meio do laureado conto “Vilarejo”.
Predominam em suas três obras os cenários rurais, talvez frutos de sua vivência no interior até os 26 anos, onde, aspirando o jeito simples dos camponeses, tenha formado as bases de seu pulmão literário.
A Filosofia é um de seus grandes sonhos, todavia, considera-se ainda imaturo para explorar esse preciosíssimo e intrincado veio. Contudo, por mais que tente evitar, há alguns respingos filosóficos em seus escritos, nos questionamentos de alguns personagens “rebeldes”, inconformados com a ínfima posição que ocupam na pirâmide social.
Desde 2012, é funcionário público da Prefeitura Municipal de Colatina, atuando na área da Vigilância Ambiental em Saúde.
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| Martinho um excelente exemplo de profissional e amigo. |
Trajetória estudantil:
1ª série: Instituto Alba Luíza (Duque de Caxias, RJ), 1982;
2ª a 4ª séries: Escola Unidocente Municipal José Faquinotti (São João Grande, Colatina, ES), 1983/1984;
5ª e 6ª séries: Escola Maria Ortiz (Itapina, Colatina, ES), 1995/1996;
Ensino Fundamental e Médio: CEEJA – Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Colatina, ES), 1985/1986 e 1996 (EF) e 1997 (EM);
1º Ano do Ensino Médio: Escola Conde de Linhares (Colatina, ES), 1997;
Ensino Superior: Faculdade Presidente Castelo Branco (Colatina, ES); Letras (Português/Português), 1998 a 2001.
Obras publicadas:
“O Casarão” (contos), 2003;
“A Vila dos Meninos Degolados” (romance), 2014;
“A Reunião dos Encapuzados e Outros Contos (contos), 2015.
Participação na coletânea “Os Escritos de Colatina” – vol. 1 – Centenário de Colatina 1921 – 2021, com o texto “Walcy Santana: dos Pampas Sulinos ao Coração da Princesa do Norte”, págs. 221 a 223.
Livros em andamento:
“A História do Senhor Lankes” (romance), desde 2012;
“Bem-Vindos à Capetolândia” (humor), desde 2014);
“Os Causos do Seu Eumintus” (humor), desde 2020;
“Metaforizando” (metáforas e aforismos), já concluído, pronto para edição;
“Crônicas Nada Crônicas” (crônicas), desde 2021;
Participação na antologia de contos “Histórias ao Sol Poente”, com o conto “O Misterioso Ancião”, obra a ser lançada no primeiro semestre de 2022.
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