SAÍDE ABDUL - LIBANESES EM COLATINA

Dos libaneses que vieram para Colatina, dona Saíde Abud foi a única a se dedicar ao ramo de pensões e hotéis. Saíde nasceu em 28 de março de 1906, no Líbano, filha de Salem Abud e Saara Abud. Antes de vir para Colatina morou em Ubá (MG) e casou-se, aos 15 anos de idade, em Alfredo Chaves (ES), Com Kalil Abud (nascido em Carum, no Líbano).

A chegada a Colatina aconteceu em 1930, quando dona Saíde e seu marido se dedicaram ao ramo de hotelaria e pensões. Possuíram a Pensão Paulista (na esquina da Rua Independência com a Avenida Getúlio Vargas), Hotel Floresta (na rua Alexandre Calmon, em 1940), Hotel Brasil, Hotel Rio Doce (em 1952, na Rua Alexandre Calmon, com sede própria). A partir de 1972, o ponto foi alugado, uma vez que dona Saíde aposentou-se e passou a morar na rua Cassiano Castelo. Seu marido, já falecido, era filho de imigrantes libaneses (Simão Abud e Abka Abud) que vieram para o Brasil em 1911, quando desembarcaram em Santos (SP).
Saíde e Kalil tiveram 13 filhos, sendo citados por ela os seguintes, já que muitos são falecidos: Elias, Wilson, Gilson, Edson, Selem, Ivone, Fádua e Manira. Os filhos estudaram, principalmente, no antigo Colégio "Aloísio de Barros", hoje "Conde de Linhares", e se formaram depois em Medicina, Magistério, Direito, Engenharia e Contabilidade.







POVO AMÁVEL

Dona Saíde, que considera o povo de Colatina muito amável e que sempre a tratou bem, conta que a vida era bem mais fácil antigamente, pois "com um tostão se almoçava, jantava e ainda dormia no meu hotel". Hoje, conforme suas palavras, "as coisas estão muito difíceis".
Uma das coisas que ela fala com muito orgulho, ao lado de suas filhas Fádua e Manira, é que um de seus filhos, Edson Abud, exerce importante cargo na Procuradoria do Governo do Estado de São Paulo. E como libaneses de seu tempo, citou alguns nomes: Jorge Zugaive, Victor Murad, Maria Silles Bouchabick, Michel Zouain, Zuza Zouain, Emilim Nakad, Michel Salume, Ana Nakad Carone, Gataz Carone, José Rachid e Alen Mansur, entre outros. A maioria exercia a atividade de comerciante. A família Saíde Abud é, também, muito religiosa, pois um tio é sacerdote e algumas irmãs são freiras.
 
Fonte: Revista Nossa 1989

 
 


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