Capa da revista Nossa de outubro de 1994 que tem em destaque na capa, Divaldo Pelição. Que contava também com uma matéria especial a respeito de sua vida e obra no interior da revista.
Para facilitar segue abaixo o que esta escrito no Editoral.
Colatina esta dormindo e precisa urgentemente despertar para dias melhores. Ja tivemos periodos de gloria no passado, quando a Princesa do Norte era tida como a maior cidade do interior do Estado, tanto em representação politica quanto no potencial econômico-social, com a força do café, da madeira e da pecuaria bovina.
Colatina já teve dois vice-governadores (Raul Giuberti e Adwalter Ribeiro Soares), teve o presidente do Congresso Nacional (Moacir Dalla) e, em 1916, chegou a sediar o governo do Estado por um mês, na época do coronel Xandoca.
Com o passar dos tempos, ao invés de ter um desenvolvimento progressista, a cidade regrediu no que diz respeito ao comportamento da classe politica e do seu povo. Hoje, nestas eleições, Colatina sequer conseguiu eleger um deputado federal, conseguindo apenas um deputado estadual. Daqui para a frente, como poderemos acreditar num futuro melhor se não temos representatividade em nenhum escalão federal?
A exemplo disto, podemos citar a BR-259 e a Segunda Ponte que já se encontra paralisada ha mais de seis anos. No setor de turismo, estamos completamente estagnados e na arrecadação municipal tudo indica que não da para sustentar o avanço progressista da cidade.
Não resta a menor duvida que no setor de saúde privado, Colatina é privilegiada, com excelentes hospitais. Na área de educação, não podemos negar que somos quase os primeiros do Estado, com varias faculdades que abrangem as áreas de Direito, Econômia, Letras e Filosofia, dois Polivalentes bem estruturados e com ensino eficiente, duas escolas federais (tecnica e agrotecnica), o tradicional Colégio Marista, alem de colégios da melhor qualidade na rede pública.
No setor de confecções, temos o maior pólo do Estado, que abriga mais de mil industrias, incluindo as de fundo de quintal. No setor automobilistico, temos concessionarias representativas de todas as marcas.
Enfim,somos um povo que sempre caminhou para a frente, progredindo com o suor próprio, pela própria capacidade de trabalho. Com tudo isso, por que regredimos tanto na história politica de nossa terra? Precisamos rever nosso quadro politico e essa ultima eleição serviu de alerta para o nosso município. E necessaria uma revisão partidaria, procurando reunir os homens de bem para uma participação mais ostensiva, com espirito de bairrismo e que nas próximas eleições possamos recuperar o espaço politico perdido.
Porque pessoas como Lourengo Bosi, Darcy Bernardina, Darcy An-drade, Domingos Riva, Eval Galazi, Armando Miranda, Edvaldo Pelição, Frederico Felippe Ferrari , Antonio Serafini, Israel Guariento, os Frechiani, os Nitz, os Gobby, Cilas Reis, Zilton Lopes, Nilton Linhalis, Jorge Salume, Luiz Carlos Reali, Martinho Demoner, Jose Carlos Diniz, Moacir Comério, Altino Dias da Rosa, Valdecir Goldner, Tadeu Dalla Bernardina, Mauricio Cazelli, Helio Pretti, José Caetano de Souza, Elias Brunetti, Dorildo Guidoni, Moacir Lucas, Braz Damiani, Diomar Roque Colombo, Warlen Salume, Leone Lavagnolli, Leonardo Santos, Marcos Guerra, Paulo Roberto Vieira, Laurindo Cassaro, Romeu Coelho de Mello, Mizael Eugênio de Ollveira, Silverio Zorzanelli, Wilson Lempe, Brunorio Serafini, Ademir Monteiro, Jose Xavier, Jose Bonatto, Luiz Carlos Goldner, Ademir Tononi, Luiz Fernando Moscon,Hilario Parpaiola, Wilson Salume, Antonio Serafini, Antonio Carlos Chaves (Toninho), Luiz Augusto da Silva, Walter Dalla Bernardina, Laudecy Santos Costa e Humberto Freitas, os Paulini, os Bussular, os irmãos Scarton, não encaram a vida pública, ingressando nos partidos? E preciso que deêm sua contribuição, suas ideias, juntamente com lideranças comunitarias, religiosas e clubes de serviços. A não participação dessas pessoas no processo politico e uma indagação que fica no ar. E é preciso que encaremos essa ultima eleição como um exemplo. O povo deu o seu recado.
Luiz Carlos Maduro
Revista Nossa outubro de 1994
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