PFL e PDT SE PREPARARAM PARA AS ELEIÇÕES EM 1988

Foram realizadas no domingo, dia 28 de fevereiro de 1988, duas convenções municipais de partidos políticos, em Colatina, para eleição dos novos diretórios daquela época. Fizeram convenções o PFL - Partido da Frente Liberal e o PDT - Partido Democrático Trabalhista. Começaram às 8 horas e foram encerradas às 17 horas, prazo final para votação dos filiados. Após às 17 horas, foram realizadas reuniões para escolha da executiva municipal de cada partido. 



PDT 
O PDT realizou sua convenção no prédio da Câmara Municipal de Colatina em 1988, quando mais de 100 filiados compareceram para votar, assegurando o quórum para garantir a eleição da chapa única apresentada. Os dirigentes disseram que o comparecimento de filiados e simpatizantes do partido à convenção foi muito bom e isso vinha mostrando que a agremiação vinha crescendo muito, recebendo apoio de vários segmentos da sociedade. 
O vice-presidente eleito da nova executiva, desta vez definitiva, Carlos César dos Santos, revelou estar muito satisfeito com a convenção e pretendia lutar para que o PDT não fosse uma frente com várias ideologias, mas que tenha um só comportamento ideológico, à luz do socialismo. Carlos César, repetindo as palavras do deputado Nélson Aguiar, que passou do PMDB para o PDT, disse que, no tocante à disputa da eleição municipal em Colatina, é preferível concorrer com o pré-candidato na época, Gabriel de Souza Cardoso, do que com carreiristas políticos, ou seja, de adesistas de última hora ao partido, que não tenham nada a ver com o programa pedetista. Para o vice-presidente, conforme propôs ao presidente estadual do Partido, Rubens Gomes, era preciso fazer uma auditoria contábil da dívida externa brasileira e resolver, de uma vez por todas, as questões da reforma agrária, reforma tributária, divisão de rendas e a verdadeira municipalização da saúde no País.

O tesoureiro eleito e também segundo suplente de delegado, Osmar Alves Pereira, informou que "o diretório foi eleito a nível de comunidade, a nível de luta, de trabalhismo, a fim de que saiamos para a luta deste ano para não perder e sim ganharmos as eleições, faltando resolver o problema maior, que é a definição do nosso candidato a prefeito". Pereira disse que o Partido tinha bons nomes para disputar a vereança em Colatina, pessoas com bom nível, mas não quis revelar quais, alegando que seria uma "precipitação", a convenção para o lançamento oficial dos candidatos do partido à prefeitura e à vereança em Colatina vai depender ainda de reuniões preliminares que serão realizadas depois dessa convenção que elegeu o novo diretório.  
A eleição do novo diretório do PDT em Colatina foi movimentada, com a presença de antigos, novos e futuros políticos, que mantinham esperanças nessa sigla partidária, especialmente contando com o carisma do líder nacional na época, Leonel Brizola, que iria ser o candidato da agremiação quando
houvesse eleições diretas presidenciais. O PDT se organizava em Colatina, fazendo um trabalho de bastidores e procurando espaços onde podiam divulgar as ideias do partido e seus planos para o futuro, que espera ser promissor. A Comissão Executiva do Partido ficou assim formada na época: presidente: Noé de Souza Cardoso; vice: Carlos César dos Santos; secretário: Paulo Sá; tesoureiro: Osmar Alves Pereira;  delegado: João Vieira.
PFL

 O PFL também realizou sua convenção no dia 28 de fevereiro de 1988, só que nas dependências da Casa da Cultura "Professor Fausto Teixeira". A chapa única que concorreu foi aprovada pelos filiados na época. A convenção pefelista transcorreu em perfeita normalidade, havendo número superior ao quorum exigido para ter validade a votação. 

 O presidente eleito da nova executiva na época, advogado Fernando Silva, disse que "agora o PFL vai unir as suas forças, com os candidatos a vereador e o candidato, a prefeito". Fernando garantiu que a partido ia lançar o nome do deputado Dilo Binda para encabeçar a chapa do Partido para a Prefeitura Municipal de Colatina e, com relação ao vice-prefeito seria estudada uma coligação com o PL, Partido Liberal, ele prometeu que o Partido da Frente Liberal ia fazer "uma campanha limpa, honesta, levando uma mensagem de seriedade e honestidade, muito trabalho e aguardando o dia 15 de novembro para que se possa eleger o deputado Dilo Binda prefeito de Colatina".  
O deputado Dilo Binda, ao saber do lançamento de seu nome a prefeito pelo novo presidente do partido, disse que, como "homem público nunca vou correr de nenhum chamamento, ainda mais se for do interesse coletivo. Eu não tenho essa vaidade de ser o candidato, mas se for do interesse do nosso Partido disputar eleição, o meu nome poderá ser lançado".
O deputado pefelista disse que sua vontade maior era lançar nomes, de pessoas jovens na política, na disputa à vereança, pessoas que estevam iniciando a partir daquele ano e vida pública para formar um plantel de vereadores honestos, trabalhadores, sérios, para que o povo voltasse a acreditar no homem público, que trabalhasse com os olhos voltados para "os interesses da população, interesse do trabalho, da honestidade e da seriedade". O deputado, que voltou para a Assembleia após o recesso parlamentar, disse que o seu interesse era trabalhar, como relator da Comissão Parlamentar de inquérito da COHAB-ES. Segundo revelou à reportagem da revista "Nossa" em 1988, "pela primeira vez no Espírito Santo nós vamos terminar uma Comissão Parlamentar de Inquérito,sendo que eu dediquei todos os dias das minhas férias a um estudo profundo desse assunto".Ainda no clima de euforia do final da convenção do PFL, o deputado Dilo Binda disse que queria "levar ao povo de Colatina essa mensagem de fé, de esperança, porque nós, realmente, estamos atravessando uma época difícil, os homens públicos não estão fazendo por onde. Mesmo assim, o eleitor tem a obrigação de fazer a escolha, de escolher o menos pior, acreditar em alguém porque ele acreditando no homem está acreditando em Deus. Nós temos que acreditar que este País vai melhorar, pois temos condições humanas para isso". A executiva do PFL ficou assim formada na época: O presidente eleito, em lugar de Syro Tedoldi, é Fernando Silva; vice: Wadi Jarjura Filho; secretário: Simoura ; tesoureiro: José do Patrocínio; e delegado:Dilo Binda. 

 
Fonte: Revista Nossa de 1988
 





 

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