CONDE DE LINHARES/UMA HISTÓRIA

Vindo do Sul do Estado,portando uma carta de apresentação do juiz de Direito Dr. Menezes Pimentel (Autor à época de uma Geografia Política do Brasil para o curso ginasial),o Professor Aloísio Barros Leal, cearense de Fortaleza, fundou no ano de 1939, o Ginásio Conde de Linhares de Colatina.

O Colégio “Conde de Linhares” tem formado gerações e mais gerações de estudantes colatinenses que,ao deixarem suas salas de aula,prosseguiram numa maravilhosa carreira pela vida em prol do Município,do Estado e até do desenvolvimento do nosso País. Ex-alunos já são ou já foram até professores desse brilhante e importante educandário do Norte Capixaba. Pelo Conde passaram iminentes colatinenses, que se transformaram em grandes políticos da nossas terra, em médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, radialistas, enfim, elementos chaves da sociedade em geral.


                                                                     


Mas poucos sabem da origem do Colégio Conde de Linhares. Esta grande escola foi fundada por volta de 1939,pelo professor Aloísio Barros Leal, homem batalhador e persistente, e vem funcionando ininterruptamente, deixando em sua trajetória uma série de realizações dignas de registro.

Fiscalizado pelo Governo Federal desde 1940, o estabelecimento de ensino sentiu crescer em torno de si a elevada confiança de quantos nele têm matriculado seus filhos. Numa revista em homenagem ao Clube Recreativo Colatinense, publicada em 1944, encontramos algumas considerações sobre o Colégio Conde de Linhares onde se fala de uma estatística daquela década sobre o progresso enfrentado por essa escola: em 1940, o número de matrículas foi de apenas 42 alunos; em 1941, cerca de 80; e, em 1944, o número de educandos no ginásio atingiu o respeitável total para aquela época, de 252 alunos matriculados nas diversas séries do curso secundário e da Escola Normal, fundada naquele mesmo ano e fiscalizada pelo Governo do Estado.

                                                                           


Em 1944, era pensamento do professor Barros Leal,com o intuito de melhorar cada vez mais as instalações do colégio e satisfazer plenamente às exigências do constante aumento de matrículas, construir um pavilhão de aulas e dormitórios, tendo Sido, na mesma ocasião, adquirido um amplo prédio fronteiro ao “Conde" para servir ao Departamento Feminino. No terreno esportivo eram praticados quase todos os esportes,com dedicação extrema de professores e alunos. O Ginásio dispunha, no campo didático, de gabinetes de física, química e história natural,bem como de uma biblioteca. Todo o material escolar do estabelecimento,desde as carteiras às coleções de peças de museu,nada deixava a desejar,o que refletia o empenho da direção da escola. O Grêmio Orlando Trompowsky, órgão litero-esportivo, constituía-se no centro de interesse para os alunos e a ele muito ficou devendo a adolescência colatinense dos anos 40. Os alunos que em 42 e 43 terminaram o curso ginasial em Colatina se conduziam de forma brilhante em educandários maiores de Vitória e Rio de Janeiro, em prosseguimento aos seus estudos complementares.

                                                                             


O Colégio Conde de Linhares,com suas instalações reformadas, com sua quadra esportiva e com seus diversos departamentos, continua a oferecer educação e cultura à classe estudantil colatinense com o mesmo empenho, dedicação e seriedade de seus primeiros tempos. Mas resta fazer mais uma vez a homenagem merecida ao professor Aloísio Barros Leal, fundador do importante estabelecimento de ensino, espírito de alta cultura, dedicado de corpo e alma à sua função de mestre e infatigável batalhador a quem deve Colatina a existência dessa nossa hoje querida Escola de Conde de Linhares.

                                                                                      

                                                                                   


No ano do cinquentenário da escola Conde de Linhares,a Revista Nossa registrou alguns dos abnegados e valorosos educadores do passado,que contribuíram grandemente para o aprimoramento da educação em nosso município com sua dedicação para a formação cultural da comunidade,sendo estes até o Ano de 1967 os seguintes professores:
Rivadávia Xavier, Konrad Schultz, Eurico Resende, José Alencar Peixoto, Petrônio José Barbosa, Miguel Kassab, Josaphat Santos, José Luiz Moreira de Araújo, Elias Moysés, Rozendo Serapião de Souza, Antônio Serapião, Izaias Pereira, Ernesto Von Schilgen, Nestor da Cunha Lirio, Elio Albano da Costa, Dirceu João Pagani, Thelmo Motta Costa, Umberto Santiago Galeno, Stela França Correa Lacerda, Elio Ceotto, Tereza Lamêgo Passos, Valeriano Ceotto, Bruno Ceotto, Georgette Hite Feghali, Jayme Nonato, Pe. Octávio Moreira, Olney Braga, Con. Geraldo Mayers, João Bab, Jamil Ayub, José Rodin Vieira Peret, Senith Gomes Morais, Deusdeth Tinoco de Rezende, João Luiz Sepulcro de Azevedo, José Leão Nunes, Pe. Djalma Moreira, Maria Lúcia Martins Pinha, Galdino Zorzanelli, Dawdson Prado, Néa Nilce Monteiro Costa, Holtina Kuster Prado, Nelson Gonçalves, Arnaldo Vasconcellos Costa, Maria do Socorro Vasconcellos Valadão, Judson Gonçalves de Aguiar, Leida Carlos Fraga, Octávio Luiz Barbosa de Araujo, Paulo Stefenoni, João Stefenoni, Zilca Brandão, Maria Tereza Almeida Pereira, Evandro Figueiredo Filho, Silvia Marise Salcides Gonçalves, Eliemar Brotto Pires, Emilia de Azevedo Viana, Silvio Silva Vitali, Geraldo Bertollo, Angelin Caliman, Anete Vitali, Dalimar Faroni, Dináh Gonçalves Corrêa, Ermelando Serafini, Zelita Moulin, Alyrio Curry Carneiro, Maria José Marconi Vidigal Stefenoni, Walfredo Rubin, João Stefenoni, Salua Abud Linhalis, Zelita Moulin, Wieslau Eustachio Ignatowsky, Nilce Ruyz Vieira Machado, Zita Botelho de Almeida, Helio Teixeira de Carvalho, Danuta Zbysynska, Bertino Alves de Souza, Altair Malacarne, Fernando Wando Santana, Mariah Dias de Jesus, Velmen Daibert Feo, Fausto Mascarello, Jayme Nonato, Ana Maria Mascarelo, José Lopes de Rezende, Lucy Paula Santos, Adilia Barreto Gonçalves, Maria Ivete Martinelli, Silverio Frezza, Lizete Martinelli, Zilnete Martinelli, Ladislau Martinelli, Wagner Corradi, Hercilio Dias Machado, Conceta Mignoni Ceotto, Diná Henrique Rosário, Aristeu Otávio lntringer, llária Rossi Vasconcellos, Benedito Lima Moreira, Arilda Rossi Vasconcellos, Estephania Maria Caliman, Deleide Cheroto Machado, Natal Piumbini, Amabile Guançõni Piumbini, Klemer Bussinger, Árlete Ana Cortelete Bussinger, Maria lima Paiva, José Roque Càrdoso, Genoefa Mônico Comério, Rosa Santos, Maria Filgueira Azevedo, Bernardete Mascarelo Ferraço, Talma S. Gama, Silvério Zorzanelli, Geraldo Corrêa, Paulo Peret, Alice Alcântara Pulcheri, Leta Nogueira, Maria Figueiras Sepulcri, Mauro Monteiro Dalla e Alen Farré. Além de tantos outros que se entregaram de corpo e alma ao ensino numa época em que as condições do magistério eram precárias, mas com amor e dedicação, colocaram o colégio na condição em que se encontra hoje entre um dos melhores e tradicionais de Colatina.

                                                                          



Diretores de 1939 a 1967
Aloisio Barros Leal, José Peixoto, Pe. Djalma Moreira, Thelmo Motta Costa, Ermelando Serafini, Angelim Caliman, Fausto Mascarelo, Wieslau Eustachio Ignatowsky, Dirceu João Pagani, Dináh Gonçalves Corrêa e Silvio Silva Vitali.

                                                                        






FONTE:Revista Nossa de outubro de 1989.
Contribuição do acervo de Cláudio Wotkosky

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