A matéria da revista Nossa de outubro de 1989,trouxe em destaque as importantes mudanças na comemoração dos 30 anos do Iate Clube de Colatina.
Conforme sabemos,o late Clube recebeu este nome porque foi construído à beira do rio Doce,quando as águas margeavam o clube,numa época em que havia empolgação,entusiasmo,por clubes sociais em Colatina,no ano de 1959. Começou com 250 sócios-fundadores,sendo o primeiro comodoro,Raimundo Palhano,o segundo,Anuar Bachour e o terceiro,Anísio Richa. Existiam em 1989,700 sócios mas apenas 400 eram ativos(alguns morreram, outros mudaram).
O título número 1 do late pertenceu ao ex-senador e ex-prefeito Raul Giuberti. A primeira ata da primeira reunião data de 06/01/59.
O late Clube foi construído com uma engenharia invejável que empolgou pela sua beleza estrutural que dá frente para a praça Municipal e Praça da Revolução com ampla visão para o rio Doce, sendo inclusive cartão postal da cidade. O clube desde o início sempre esteve em atividade,mas nos últimos anos, aos poucos foi diminuindo sua programação social, principalmente depois da catastrófica enchente de 1979, quando teve sua estrutura seriamente comprometida.
Nesse ano de 2021,o iate Clube completaria 63 anos de existência. Mas as condições recentes do histórico clube,não são de se comemorar.
A revista nossa de outubro de 1989,trouxe em sua publicação um especial sobre os 30 anos do iate clube na época.Conheça agora um pouco da história do clube que foi referência de arquitetura e dos bons costumes.
Enquanto Brasília foi inaugurada em 1960,como a capital mais moderna do mundo,pelo seu traçado estrutural e beleza de suas construções,em 1958 já havia sido em Colatina,inaugurado o late Clube,cuja obra criada pelo engenheiro Marcelo Vivácqua com estilo semelhante às feitas por Oscar Niemeyer em Brasília.
O primeiro comodoro do late foi Raimundo Palhano que participou com muita guarra do início ao fim da construção do clube,juntamente com Anuar Bachour que foi o 2º comodoro da entidade.
A seguir, pela ordem, foram os seguintes comodoros do late Clube: Anízio Richa, Iran Rodrigues, Orlando Morandi, João Luiz Sepulcri de Azevedo, Dilson Silva, Dinah Correia, Adelson Epichin, José Hostílio Resende | (Tilinho), Décio Maia (que ficou mais tempo como comodoro), GilIson Giuberti e Ivanildo Zanotelli.
A administração de 1989,ao verificar as condições do clube na época,constatou ao fazer a troca dos tacos do salão principal,que as vigas de sustentação estavam todas rachadas,consequência direta da cheia do rio Doce. As providências foram,logo tomadas e cerca de trezentas basculantes de terra e areia foram retiradas da parte subterrânea do salão,para que as colunas e vigas ficassem descobertas.Ao constatar os estragos foi construída uma nova fundação com quinze colunas e mais quinze vigas que são sustentadas em sua parte central por uma gigantesca coluna de 4,50 m de diâmetro.
Com a estrutura reforçada, a nova diretoria não parou por aí.Colocou em prática várias reformas,como a construção do palco com camarim,banheiro e entrada independente com nova pista,reformas da cozinha,banheiros,esgotos,parte hidráulica e elétrica,etc. Foram metas de trabalho ainda: campo de bola de pau, cobertura de uma área externa, piscina (10m x 17m), sauna, salão de jogos sob a pista de dança e ocupação de todos os espaços ociosos.
Para o vice comodoro Manoel de Almeida a intenção da diretoria era voltar o clube realmente para o interesse dos seus associados e convidados,como acontecia antigamente,pois,há quinze anos decorrentes de 1989,vinha havendo uma decadência tanto de público como também ao descaso com que o late foi tratado.
Em 1989,cada um os quatrocentos sócios ativos contribuiu com a mensalidade de NCz$ 5,00,o que não era suficiente para as reformas que estavam sendo implementadas. Sendo assim para complementar essa renda de contribuição dos sócios,foram feitas campanhas(rifa, churrasco, etc.)e recebeu também o apoio dos clubes de serviço como o Lions(que doou 200 sacos de cimentos) e o Rotary (100 sacos). No dia 21 de agosto de 1989 foi realizado o baile comemorativo das novas instalações do clube com presença dos associados e convidados.
Manoel de Almeida disse também que uma das pessoas importantes na administração do late na época,era Arnaldo Luppi que esteve sempre presente em todas as promoções e se encarregava da organização do clube para todos os eventos,já tendo passado por todas as diretorias com grande dedicação,o que fez dele uma pessoa importante na nova fase da entidade.
Além de servir aos seus sócios,o late Clube também era cedido parra reuniões do Rotary,Lions,Associação dos Contabilistas,e eventuais acontecimentos sociais como casamentos,aniversários,encontros políticos,apuração de eleições, lançamentos de livros,entre outros.
Sua diretoria era formada por integrantes do Lions,Maçonaria,Rotary e destacadas figuras da sociedade. Além do comodoro e do vice,o Conselho Deliberativo era assim formado: Gilson Giuberti, Anísio Richa, Altacyr Queiroz Pereira, Nilson Castro, Darcy Dalla Bemardina, Idelzito C. de Castro, Orlando J. Morandi, Ronaldo B. Machado e Lauged Santos Costa. Conselho Fiscal: Brunório Serafini, Luiz Pinto de Oliveira e Sérgio Serafini Dalla. Suplentes: Alvino Maestri, Lourenço Bozi e Luismar José Prettí. O Diretor de Patrimônio e Obras é Fernando Gomes (“Português"). O Secretário é Clausenberger Soares Pinheiro e o diretor-animador,Paulo Pancieri.
QUAL DATA CERTA DA INAUGURAÇÃO DO IATE CLUBE?
Conforme comentário, de um dos mais importantes historiadores de Colatina, José Luiz Pizzol. A inauguração do Iate Clube de Colatina não foi em 1958. Nesse ano o projeto arquitetônico foi iniciado, por Marcelo Vivacqua. A construção começou em 1959 e um ano depois já estava praticamente pronta. A inauguração oficial, entretanto, só ocorreu em 31-12-1964, segundo informações de Fausto Teixeira, em seu livro Colatina Ontem e Hoje.
TRISTE REALIDADE DO IATE CLUBE DE COLATINA.
Literalmente jogado as moscas,o iate clube de Colatina que no passado foi a casa de grandes bailes e eventos.Hoje em dia é incubadora de animais peçonhentos,como é o caso do mosquito da dengue(aedes aegypti),ratos,baratas,moscas varejeiras entre outros. Além de usuários de drogas e andarilhos que usam o local abertamente para a pratica pejorativa colocando em risco pessoas mais humildes. Infelizmente entra administração e sai administração, e nossa cidade fica sem uma de sua principais identidades, o saudoso Iate Clube de Colatina.
FONTE: Revista Nossa-outubro/1989
TRISTE REALIDADE DO IATE CLUBE DE COLATINA.
Literalmente jogado as moscas,o iate clube de Colatina que no passado foi a casa de grandes bailes e eventos.Hoje em dia é incubadora de animais peçonhentos,como é o caso do mosquito da dengue(aedes aegypti),ratos,baratas,moscas varejeiras entre outros. Além de usuários de drogas e andarilhos que usam o local abertamente para a pratica pejorativa colocando em risco pessoas mais humildes. Infelizmente entra administração e sai administração, e nossa cidade fica sem uma de sua principais identidades, o saudoso Iate Clube de Colatina.
FONTE: Revista Nossa-outubro/1989
Contribuição do arquivo de Cláudio Wotkosky
Comentário adicional de Roberto Marques
A inauguração do Iate Clube de Colatina não foi em 1958. Nesse ano o projeto arquitetônico foi iniciado, por Marcelo Vivacqua. A construção começou em 1959 e um ano depois já estava praticamente pronta. A inauguração oficial, entretanto, só ocorreu em 31-12-1964, segundo informações de Fausto Teixeira, em seu livro Colatina Ontem e Hoje.
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