MARIA TOZZO BARBIÉRI AOS 98 ANOS, TINHA EXPECTATIVA DOS 100

A revista nossa de abril de 1994,trouxe uma matéria interessante sobre a expectativa de uma Colatinense de chegar aos 100 anos.Confira a matéria.
                                

Um exemplo de longevidade,registrado nesta edição da Revista NOSSA e o caso de dona Maria Tozzi Barbieri,atualmente com 98 anos de idade, 5 dos quais vividos no município de Colatina. Tendo passado pela região de Itapina ao chegar a Princesa do Norte,dona Maria encontra-se hoje residindo com o filho José Barbieri Filho,no bairro Lacê. Nascida em Alfredo Chaves (Castelo) em nove de fevereiro de 1896,casou-se em 21 de julho de 1917 com José Barbieri em Conceição de Castelo,com quem teve oito filhos:Cecília, Teresa, Santo, Pedro, Joaquim, Máximo, João e José.Ao mudar-se para Colatina,dona Maria,já viúva,comprou inicialmente uma propriedade na região de Itapina onde viveu muitos anos com seus filhos,transferindo-se mais tarde para a cidade. Além dos oito filhos, ela conta com 42 netos, 35 bis-netos e 15 tataranetos, numa prole de fazer inveja a qualquer família.

                                                                  Italianos

Dona Maria é brasileira,mas seus pais vieram da Itália,em 1894,procedentes da Província de Ferrara da comuna de Portomaggiori. A família guarda ate hoje a relação dos italianos que vieram na mesma época e na mesma embarcação juntamente com os Tozzi. Discute-se ate a questão da grafia certa do sobrenome da família (Tozzi,Tossi,ou Tosi...) mas o fato e que essas mudanças de escrita devem ter acontecido durante os registros em cartório,aqui no Brasil. E o caso do pai da nonagenária,que tendo nascido na Itália,la se chamava Giovani,mas esta grafado na certidão de casamento de dona Maria como João.A mãe de dona Maria chamava-se Ângela Pastorello.
Aos 98 anos na expectativa dos 100 anos em 1996 - ela vive praticamente o tempo todo em sua cama e raramente recebe os raios solares que diz serem prejudiciais a sua frágil pele. "Mas,quando nova,trabalhei muito no sol,na roça,para criar a família",afirma com voz pausada e controlando a respiração. Recorda-se que na época em que mudou-se para Colatina, "a vida era mas barata,sendo mais fácil formar a família". Faz questão de frisar ainda que sempre teve com seu marido,José Barbieri,uma união sólida,sem desavenças. "Criamos nossa família bem criada,nunca houve problema. Eu trabalhava em todo tipo de serviço e sempre vivi de bem com todos os vizinhos,ajudando a todos no que podia".
Hoje,já sem visão,dona Maria só aprecia mesmo ouvir diariamente a Oração da Ave Maria e a missa no rádio aos domingos."Rezo todos os dias para Nossa Senhora",diz.

Fonte: Revista Nossa de Abril de 1994

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