"Tô flagelado.”
Vendo estas fotos das enchentes do rio Doce no ano de 1979 e notícias sobre corrupção em todos os níveis nos mais remotos rincões deste Brasil, nos noticiários de TV e jornais, tudo isto me trás à lembrança a figura esguia, maltrapilha e com reduzido porte, mas alegre e satírica, de um velhinho sem residência fixa, de origem e destino desconhecidos, sem família, mas respeitoso, que vaguejava pelas ruas da cidade com um cavaquinho cantarolando uma música surreal para sua parca graduação escolar, mas com letra bastante irreverente e de admirável inteligência, que narrava os acontecimentos por detrás dos bastidores das enchentes de Colatina, após o flagelo que passou a cidade.
Rabelinho, como era conhecido, foi até motivo de uma matéria especial em uma edição do jornal A Gazeta, de autoria de meu grande amigo Schneider, repórter respeitável e competente, a quem devo boa parte de meus conhecimentos jornalísticos.
Bem, não me lembro e não encontrei ninguém que se lembrasse da letra da música, só ficou em minha memória mesmo, o refrão das estrofes da cantiga, que passo aqui para vocês neste “Causo de Nossa Colatina Provinciana,” para a análise de todos sobre a destinação da ajuda humanitária que veio de toda parte do mundo na época, que a população vitimada pelas enchentes recebeu, quando a cidade ficou duas semanas inundada pelas águas do rio Doce.
Assim cantava Rabelinho, riscando as cordas de seu desafinado cavaco:
“Tô fragelado, tô fragelado!
Veio a roupa e a comida
E eu ainda continuo
com fome e pelado...”
Causo de Manoel Moreira
Vendo estas fotos das enchentes do rio Doce no ano de 1979 e notícias sobre corrupção em todos os níveis nos mais remotos rincões deste Brasil, nos noticiários de TV e jornais, tudo isto me trás à lembrança a figura esguia, maltrapilha e com reduzido porte, mas alegre e satírica, de um velhinho sem residência fixa, de origem e destino desconhecidos, sem família, mas respeitoso, que vaguejava pelas ruas da cidade com um cavaquinho cantarolando uma música surreal para sua parca graduação escolar, mas com letra bastante irreverente e de admirável inteligência, que narrava os acontecimentos por detrás dos bastidores das enchentes de Colatina, após o flagelo que passou a cidade.
Rabelinho, como era conhecido, foi até motivo de uma matéria especial em uma edição do jornal A Gazeta, de autoria de meu grande amigo Schneider, repórter respeitável e competente, a quem devo boa parte de meus conhecimentos jornalísticos.
Bem, não me lembro e não encontrei ninguém que se lembrasse da letra da música, só ficou em minha memória mesmo, o refrão das estrofes da cantiga, que passo aqui para vocês neste “Causo de Nossa Colatina Provinciana,” para a análise de todos sobre a destinação da ajuda humanitária que veio de toda parte do mundo na época, que a população vitimada pelas enchentes recebeu, quando a cidade ficou duas semanas inundada pelas águas do rio Doce.
Assim cantava Rabelinho, riscando as cordas de seu desafinado cavaco:
“Tô fragelado, tô fragelado!
Veio a roupa e a comida
E eu ainda continuo
com fome e pelado...”
Causo de Manoel Moreira
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