O AMARGO RIO DOCE 1977

Foi nos enviado essa sugestão de reportagem pelo amigo e historiador Altair Malacarne.
A reportagem foi publicada originalmente em 1977 no Jornal do Brasil. O texto, que está no livro "Espírito Santo Maldição Ecológica", continua atual. No início de outubro, o jornal A Gazeta também fez uma série especial ("Expedição rio Doce") sobre o maior rio do Espírito Santo. O site Século Diário republica a reportagem "O amargo rio Doce" com o propósito de contribuir para a discussão de um dos temas ambientais mais importantes do nosso Estado.E nos aqui da página Nossa Colatina vamos detalhar um pouco dessa longa fase impactante que está sofrendo nosso quase extinto Rio Doce.

"A completa erradicação da Floresta rio Doce foi responsável pela destruição do rio e desertificou toda a região de sua influência segundo o cientista capixaba Augusto Ruschi: "Acabaram com as suas esponjas laterais,pois nas folhas das arvores ficam 10% da água da chuvas, e o resto se infiltra no lenço freático. Agora a água cai bruscamente em cima da terra, correndo imediatamente para o rio, provocando enchentes, transportando suas margem para o leito, assoreando o rio".

"O rio está acabando. Era fundo ficou raso. A água antes era transparente, está barrenta. A vida animal extingue-se dentro dele. Sem as vegetações das margens há a precipitação do processo de decantação que, com os outros fenômenos já existente, muda o clima da região, já complica a alimentação dos peixes, porque eles perdem frutas e folhas do seu placton. Está cheio de germes, alterou sua oxigenação. "

Fonte: Reportagem publicada originalmente em 1977 no Jornal do Brasil

Comentários