CHERNE: A PIONEIRA NA FENIT EM SÃO PAULO

"Pioneira entre as indústrias Colatinenses em participações na Feira Nacional da Indústria Têxtil(FENIT),a Cherne Indústria do Vestuário Ltda,volta a mostrar este ano a qualidade de seus produtos na mostra,que é uma das mais importantes do Gênero em toda a América Latina.O diretor presidente Darcy Andrade da Silva confessa que é apaixonado por feiras e tem participado delas em praticamente todo o país,divulgando a marca Cherne.
Com a experiência de quem participa da Fenit pela terceira vez,Darcy Andrade garante que o confeccionista só tem a ganhar expondo seus produtos para um grande mercado consumidor.
E a Fenit,segundo ele,representa o que de melhor existe no mundo da moda nacional,porque ali se concentram as principais indústrias de todo país.
O stand da Cherne na Fenit/85 possui uma área de 100 metros quadrados e foi cuidadosamente decorado por uma empresa especializada.Cada detalhe é importante,segundo Darcy Andrade,que procura não economizar para mostrar seus produtos dentro dos melhores padrões de beleza e requinte.
Sobre a Fenit,o diretor da Cherne fala com tranquilidade que a participação significa um passo muito grande para confeccionistas."Lá mantemos contatos com o mercado,trocamos idéias e experiências,conhecemos mais de perto nosso cliente,enfim,convivemos com o melhor da moda nacional.Trata-se de uma necessidade uma exigência para quem trabalha no ramo."
                            

MERCADO INTERNO

Mesmo produzindo 50 mil peças por mês,a Cherne não pensa,pelo menos por enquanto,em voltar-se para o mercado externo.Segundo Darcy Andrade,a Cherne foi várias vezes solicitadas neste sentido,inclusive o telex da empresa constantemente é procurado por firmas estrangeiras interessadas nos produtos da indústria.
Para o diretor,"deve exportar quem tem excesso,o que não está ocorrendo com a Cherne.As vendas de Junho,por exemplo,estão inteiramente tomadas.Quem comprar agora,recebe somente em julho a mercadoria".
Darcy Andrade diz ainda que as exportações exigem uma estrutura muito bem montada,destinada especificamente a este fim,sem contar os entraves burocráticos que a iniciativa implica."Por isso,pelo menos por enquanto,vamos continuar vendendo apenas no mercado interno".
Apesar do período de dificuldades vivido pelas indústrias de confecção de Colatina nos primeiros 4 meses do ano,a Cherne não teve alteração nas vendas,de acordo com Darcy Andrade.A rede de representantes espalhada por todo o país garantiu a normalidade nos negócios,a ponto de atualmente a indústria estar trabalhando num esquema rígido para não atrasar as entregas no mercado.
VENDAS

Numa Feira Nacional da Indústria Têxtil,o importante não é o volume vendas lá realizado,segundo o diretor da Cherne.O importante ,segundo disse,é exatamente o período de convivência com o ramo confeccionista de todo o Brasil."Os grandes Magazines,por exemplo,não compram em feiras,mas ali geralmente se faz o primeiro contato,surgindo a partir daí excelentes vendas para o mercados dos mais diversificados".

A Cherne existe em Colatina desde abril de 1974.Começou com apenas 32 empregados e hoje possui 400,divididos em diversos setores,que vão desde o corte até o empacotamento e até um departamento de oficina.

Os produtos Cherne começaram a ser vendidos inicialmente no Espírito Santo.Aos poucos,o mercado foi se ampliando de forma rápida,a ponto de atingir todo o território nacional."Só não vendemos para a ilha de Fernando de Noronha",diz o diretor Darcy Andrade,que não esconde uma ponta de orgulho por saber que a marca Cherne está presente nas mais elegantes lojas dos grandes centros.

O produto de chamada "linha de frente" da Cherne sempre foi a calça,Jeans e social.Mas a diversificação acabou acontecendo:hoje,a indústria voltou-se também para a linha de bermudas,saias,jaquetas.Tudo isso será mostrado na FENIT,no maior stand capixaba,com perspectivas otimistas do diretor Darcy Andrade."Acredito que a feira só trará grandes benefícios do expositor ao mercado comprador".


Fonte:Revista Nossa Junho de 1985



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